terça-feira, 26 de outubro de 2010

Vagalumes e a Biodiversidade

Foto: vagalume em Teresópolis/RJ

O Brasil é o país com a maior biodiversidade de insetos bioluminescentes no mundo com cerca de 23% da fauna mundial de vagalumes. Entretanto estima-se que um número muito maior ainda esteja para ser descrito.

Entender como a luz é produzida nesses organismos pode iluminar o caminho para o diagnóstico e tratamento de doenças como câncer e infecções bacterianas.

Dada a importância dos organismos bioluminescentes, sua conservação é prioridade para Vadim Viviani, professor do campus de Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Ele investiga, há mais de dez anos, o mecanismo de funcionamento da bioluminescência e as possibilidades de aplicação como agentes bioanalíticos, bioindicadores e biossensores.


No Japão, vagalumes das espécies Lucíola cruciata e L. lateralis, cujas larvas são aquáticas, estão sendo utilizados como importantes indicadores ambientais para a recuperação de habitats ao longo de cursos de água em áreas urbanas.

Como o vagalume se situa no topo da cadeia alimentar aquática, predando caramujos aquáticos, ele consitue um excelente indicador da qualidade e ambiente da água.

No Brasil, existem poucas espécies aquáticas descritas , entretanto, estudos sobre a biologia e ecologia existem somente para Aspisoma sp2 estudada na região de Campinas. As larvas desta espécie vivem em locais alagadiços e são predadoras naturais dos caramujos Biomphalaria spp que são vetores de Shistossoma mansoni, causador da esquistossomosse, e Limnaea spp que é vetor da Fasciola hepática.

Outras espécies, entretanto, vivem em locais palustres podendo servir como importantes indicadores secundários. Finalmente, espécies que vivem em matas fechadas podem constituir importantes indicadores para estes habitats.

Para saber mais sobre esses insetos clique aqui e visite o site da Biota Biolum.

Seeya

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